1 de agosto de 2010

Semana Mundial de Amamentação

Ei meninas...


Hoje começa a Semana Mundial de Amamentação que visa chamar a atenção para a importância do leite materno para a saúde das crianças e reforçar o conceito de que o leite materno é um alimento bastante versátil, cuja composição varia de acordo com as etapas de desenvolvimento da criança. Seus principais estágios de produção são: colostro, leite de transição e leite maduro. Em todos estão presentes os nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento do organismo infantil como gorduras, carboidratos, proteínas, cálcio, fósforo, vitaminas e ferro, todos disponíveis de forma balanceada. Além disso, o leite da mãe oferece anticorpos e outros fatores de proteção, como enzimas e prebióticos.

Amamentar é muito mais que alimentar a criança, é um importante passo para uma vida saudável.


Pra quem não sabe, minha Borboleta mamou até 1 ano e 4 meses, quando numa bela manhã, olhou para meu "kit alimentação" e o rejeitou... que dor... eu não tava preparada pra tanta rejeição... sério!!

Mas nem tudo foram flores. No dia que ela completou 4 dias de vida eu acordei sem conseguir mexer os braços. Quando convenci meu marido que precisava mesmo de ajuda pra me levantar porque não conseguia me mexer, pudemos observar que meus lindos peitos haviam sido trocados pelos da Dolly Parton - tá nem tanto. Mas quase: estavam tão gigantescos que ocupavam a região que anatomicamente é chamada de axila e eu não conseguia articular os braços. Pense naqueles robozinhos com braços abertos... igualzinha!

Em meio a inúmeras piadas, minha tia - aqui em casa tudo é motivo pra casa encher: de festa a doença de cachorro. Imagina então eu explodindo pelos peitos? - teve a brilhante idéia de me levar ao banco de leite. Era uma sexta feira e o dia anterior tinha sido feriado nacional, nem sabiamos se estaria funcionando, mas lá fomos nós. Chegando fui recebida pela médica de plantão e ordenharam de mim uma quantidade de leite que deixaria muito bicho com inveja... Sem exageros: se eu tivesse nascido vaca, não tinha pra mais ninguém num concurso leiteiro.

Sem dúvida essa foi a melhor idéia e a melhor dica que me deram nesse processo pós parto, tanto que indico pra todas as minhas amigas grávidas, mesmo qeu elas não tenham nenhum problema ou dúvida quanto a amamentação, vale a visita e as dicas das profissionais que trabalham lá. Como eu estava no Rio de Janeiro, fui para o Banco de Leite que funciona no Hospital Fernandes Filgueiras, mas você consegue achar um na sua cidade. Lá elas me ensinaram como fazer a coleta do leite, da higienização a quantidade, passando pelo como fazer e como preservar e reutilizar esse leite depois. Quem já passou por isso sabe: peito cheio dói... muuuuitoooo... e se não retirar a coisa complica. Não sei dizer quanto uma mulher produz em média, sei que Nanda mamava e eu ordenhava cerca de 175ml DEPOIS que ela terminava. Tem noção? Do peito que ela não mamava eu chegava a tirar 200ml... e isso porque minha regra pessoal era tirar até que desse alívio e não tudo. Digo pra todos que minhas aulas de Bovinocultura de Leite e Fisiologia da Lactação nunca foram tão uteis como nessa época...rsrsrs... o processo era o mesmo e eu só faltava mugir. O leite que eu ordenhava tinha dois destinos: uma parte era guardada pra Nanda, caso eu precisasse sair e ela mamar, a maior parte era doada e o pessoal da Corpo de Bombeiros vinha buscar toda semana.

clica pra ver grandão

Não passei por nada disso da charge... além do cansaço pelas noites mal dormidas, mas o último quadro é perfeito...

Bem, quando a Laura nasceu, eu sabia exatamente como agir, mas aí ela foi pra UTI e eu fiquei lá dona de um par de peitos desamparados... contando os minutos pra poder acomodá-la nos braços e servi-la com o que a Mamãe faz de melhor: leite. E que emoção foi sentir ela mamando pela primeira vez. Clica AQUI pra ver.

Ela mamava "na fonte" quando eu estava no hospital e sempre ordenhava o excesso o que garantia sua alimentação quando eu ia pra casa, e lá eu fazia as ordenhas a cada 3 horas, exatamente nos horários que a alimentavam no hospital, numa tentativa de não "explodir" de novo e de tentar fazer com que a produção tivesse seus picos nos horários da mamada da pequena... o que incluia ordenha a meia noite, três e seis da manhã... uí!! Mas valeu a pena: garanti a produção da pequena e não passei pela dor da outra vez.

Laura ainda mama. Já está com quase oito meses, almoça, janta, lancha e não abre mão do leitinho dela via Mamis... e eu toda orgulhosa!! Olha nós duas em ação ontem a noite:


Lindo não??
Bjs e boa semana pra vocês.

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